segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Siames... ou Ciumeses...


Considerado o “Príncipe dos Gatos”, a origem do gato Siamês não é muito clara, mas é certo que tenha surgido no sudeste da Ásia. Acredita-se que esses gatos, que eram considerados sagrados, eram guardados e amados pelo rei do Sião (atualmente, Tailândia).


As evidências de que a raça já existia antes do século XVIII no Sião vêm de uma coleção de poemas escritos entre 1350 e 1700 e ilustrados com várias imagens de gatos, incluindo um Siamês seal point.

Acredita-se que esses gatos de palácios e templos tinham olhos amarelos à princípio, mas não se sabe exatamente quando ocorreu a mutação genética que fez com que passassem a ter os belos olhos azuis, que conhecemos atualmente.

Em 1884, o cônsul-geral britânico, Mr. Owen Gould, ganhou um par de Siameses do rei do Sião – rei Chulalongkorn, filho do rei cuja história foi contada no filme “O Rei e Eu”. Esses gatos despertaram tanto interesse, que Mr. Gould recebeu permissão para exibi-los na exposição "The Great Exhibition", realizada no Hyde Park, em Londres, Inglaterra. A essa exposição compareceram muitos chefes de estado e dignatários dos governos de vários países e logo a notícia sobre a nova raça de gatos orientais se espalhou, tornando Siameses muito em voga na época. Em 1901, a irmã de Mr. Gould, Mrs. Veley, foi uma das fundadoras do Clube do Gato Siamês.

Nos anos seguintes, mais alguns exemplares adultos, além de alguns filhotes foram importados pela Inglaterra e foi a partir dessa pequena quantidade de gatos que a raça Siamesa evoluiu para a forma como a conhecemos atualmente.

O interesse pela raça Siamesa cresceu rapidamente e sua fama logo se espalhou pela América, onde ela foi recebida com grande entusiasmo.

Americanos aficionados por gatos não pouparam recursos para importar exemplares desses gatos tão lindos. Desde então, a raça Siamesa passou a ser criada na América.

Como o padrão estabelecido para a raça não fazia nenhuma menção à estrutura dos exemplares, a partir da década de ’50, criadores interessados em obter melhores resultados em exposições começaram a promover cruzamentos de forma a “refinar” a aparência dos exemplares até chegarem ao Siamês Moderno como conhecemos atualmente, com seu corpo magro e suas grandes orelhas. Com isso, criadores que desejavam preservar a aparência do Siamês tradicional pararam de exibi-los em exposições.

A CFA (Cat Fanciers’ Association) acabou adotando o padrão do Siamês Moderno como padrão oficial da raça e os criadores de Siameses Tradicionais ou Applehead Siameses (Siameses Cabeça de Maçã) não tiveram mais seus exemplares oficialmente reconhecidos.

Bom, se você prestou atenção no título do meu post, deve estar se perguntando “O que esse tal de ‘Thai’ tem a ver com isso?”

Recentemente, a TICA (The International Cat Association) reconheceu a raça Thai, que nada mais é que o Siamês Tradicional, o “Applehead Siamese” ou ainda o “Old Style Siamese”.

Assim, os Siameses Tradicionais voltaram a ser aceitos para registro na TICA e também voltaram a ser aceitos em exposições.

Lendas sobre os Siameses

- Muitos anos atrás, no Sião, os Siameses eram gatos reservados apenas ao rei e à família real. Quando alguém da realeza morria, um Siamês da casa era selecionado para capturar e abrigar a alma do falecido, então passava a viver uma vida de luxo, se alimentando das melhores iguarias em pratos de ouro e dormindo em almofadas feitas da seda mais suave.

Eles luxos eram proporcionados pela família do falecido, a fim de obterem boa sorte e bênçãos. Quando era o próprio rei quem morria, o Siamês escolhido participava da coroação do novo rei, assim o falecido poderia estar presente nas festividades.

Buda – Há muitos anos, o Sião entrou em guerra para defender seu reino e todos os homens foram enviados para as batalhas. O cálice de ouro de Buda foi deixado desprotegido.

Dois Siameses foram escolhidos para protegerem o cálice no templo sagrado, o macho chamava-se Tein e a fêmea, Chula. Tudo ia bem, até que Tein se tornou inquieto e partiu, depois de ter cruzado com Chula. A pobre Chula, agora esperando filhotes, nunca tirava seus olhos do cálice sagrado. Como proteção contra o sono, Chula nervosamente envolveu sua longa cauda em torno da haste da taça, para evitar ladrões.

Quando os filhotes nasceram, eles tinham as qualidades que Chula desenvolveu como guardiã valente do cálice sagrado: os olhos estrábicos e a cauda quebrada.

Outra lenda sobre a cauda quebrada  Uma princesa da Casa Real do Sião usava a cauda de seu gato para colocar seu anel enquanto tomava banho. O gato, não querendo perder o anel, gentilmente desenvolveu uma cauda retorcida para protegerr o objeto especial para "sua" princesa.

A arca de Noé – A história de Noé é conhecida por todos, ele construiu sua arca, colocou pares de todos os animais e depois disso choveu durante dias seguidos. Na arca, os animais começaram a ficar entediados e começaram a procurar algo para fazer. Foi então que o macaco avistou a leoa e se apaixonou imediatamente por ela... Eles acabaram cruzando e nasceram pequenos filhotes de Siameses, com a esperteza e agilidade do macaco e a coragem da leoa.

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